Dia 15 - 13/09/2018
Dia da semana: quinta-feira
Local: Amsterdan/Holanda
Hospedagem: Budget Hotel Tourist Inn
Lugares obrigatórios: Casa da Anne Frank
O dia começou cedo, queria chegar logo em Amsterdan, o berço da Heineken, e descobrir o que tem de tanta novidade nesta cidade. Então acordei cedo e fui para a estação de Tilburg rumo à capital da Holanda. Logo que cheguei na cidade, ao sair da estação já percebi o porque de lá ser a capital das bicicletas, realmente é o transporte mais utilizado. Eu já tinha visto em fotos, na internet e na TV, mas você chegar em tudo que é lugar e estar sempre lotado de bikes é de se espantar. As pessoas usam bicicleta pra ir pro trabalho, sair ir almoçar, pra passear, pra ir pra balada, pra ir no teatro....fiquei impressionado de ver gente chegando na balada, e procurando vaga para guardar seu transporte de duas rodas, já que normalmente está sempre lotado. E outra luta é na saída dos lugares pra lembrar qual é a sua, o pessoal que sai mais alterado se enrola.
Percebe-se que a questão da cultura cervejeira ficou um pouco de lado nesta cidade, aproveitei esses 4 dias para curtir, e logo após a saída de Amsterdan a cultura cervejeira voltaria com força total. Então logo que cheguei na estação parti à pé cerca de 700 metros para o meu hostel, que ficava super bem localizado, bem no centro da cidade. Aqui seria minha segunda experiência em quartos compartilhados, a primeira foi em Lisboa, apenas um dia, mas aqui seriam quatro diárias. Achei o preço bem salgado, tendo em vista que era um quarto para 6 pessoas, e o preço foi acima de praticamente todos os hotéis que fiquei, sendo que todos foram quartos individuais. Chegando lá a recepção foi tranquila e pra variar a mala ficou na recepção enquanto não dava a hora do checkin, então parti para aquele velho tour de boas vindas. No caminho já encontrei um cidadão de São Paulo com a camisa do Brasil, o Arthur, que estava ali fazia alguns dias, pedi dicas para noite de quinta e sexta, e continuei a caminhada, parando para almoçar um sanduíche muito bom acompanhado de uma Heineken no Koepelcafé.
Após isso o objetivo era conhecer a tão comentada Red Light, que parece um lugar durante o dia e outro quando anoitece. Ali é um lugar onde mistura todo tipo de gente e todos os tipos de estabelecimentos. De um canto à outro passei por igreja, restaurante, coffee shop, sex shop, teatro normal, teatro com peça sexual, quartos com sexo ao vivo, diversos tipos de lojas, bares, boate e claro, as conhecidas vitrines com garotas de programa. Nunca tinha visto tanta informação no mesmo lugar, e ali passeavam famílias, crianças, adolescentes, homossexuais, heterossexuais, maconheiro, gente de terno indo e voltando do trabalho, gente fazendo atividade física, homens de todas as idades batendo nas portas das vitrines das “meninas”, gente vendendo drogas não lícitas nas portas de coffee shop...dei uma volta por ali e fui em direção a um bar mais afastado, que indico de olho fechado, o Brouwerij ‘t IJ.
Abrindo um parente aqui, no caminho encontrei um famoso, grande André Marques, mais conhecido como Mocotó pra galera que viveu naquela época bacana de Malhação.
Quanto ao bar, o Brouwerij ‘t IJ, fiz uma caminhada de 3 km, e valeu muito a pena. Este local tinha muitos comentários positivos em todos os sites que pesquisei, e dizem que é muito bacana beber lá vendo o pôr-do-sol. Eu tinha um compromisso um pouco mais tarde, a visita ao museu da Anne Frank, então não esperei o anoitecer, e sentei no balcão para pedir uma tábua de degustação, com 5 cervejas pelo preço de 10 euros.
Voltei na correria porque tinha a visita à casa da Anne Frank com hora marcada, e que classifico como obrigatória. Já havia lido o livro e visto o filme, e precisava muito conhecer este lugar. O passeio começa pelo armazém que parece um lugar normal, difícil imaginar como a experiência vai se tornando cada vez mais angustiante a cada andar que subimos. É lastimável descobrir o quão ruim que o ser humano consegue ser, e vamos percebendo o sofrimento que passaram aquelas 8 pessoas a cada cômodo. No final vemos gente emocionada, eu mesmo fiquei sem palavras e com um sentimento de raiva mesmo, de saber que pessoas como Hitler existiram. Bem, a experiência é interessantíssima e obrigatória no meu ponto de vista, para analisarmos e não cometermos erros passados.
Não tem fotos do interior pois é proibido, o que torna a visita mais valiosa, pois só quem esteve lá sabe como é.
Saindo dali voltei ao hostel para guardar mala e relaxar, já prevendo um agito na noite de quinta. Achei que teria algo mais agitado para esta noite, mas entrei em contato com o Arthur, que havia conhecido no início do dia, e fomos pra um pub no estilo irlandês, curtir uma música e tomar uns bons chopps.
Voltei pro hostel com a impressão de que existe tanta opção em Amsterdan que acaba dispersando o pessoal, e o próprio pub que eu estava tinha uma balada mas não enchia, pois o que mais tem lá são pubs e bares pra todo mundo.